domingo, 25 de dezembro de 2011

Parcialidade e a pluralidade de opiniões

Tudo muda. No tempo, na luz, no espaço. O que se vê não é a coisa mas a imagem que fazemos da coisa. E duas pessoas nunca veem a mesma coisa igualmente: a luz, a sombra, a perspectiva sempre são diferentes. O que se ouve muda e não é perene, ao contrário, tem um tempo tal e desaparece sem deixar vestígios de que existiu. E o que se fala é uma elaboração verbal, uma verdadeira inferência sobre qualquer coisa expressa em alguma língua. E tudo o que expressamos é o resultado do impacto externo, é a resposta que damos ao mundo somado as imperfeições dos nossos órgãos dos sentidos que captam parcialmente qualquer informação do mundo: não vemos tudo, não ouvimos tudo, não sentimos todos os gostos, todas as texturas e mesmo assim achamos que somos donos da verdade. (E somos: mas só da PRÓPRIA verdade!)

A experiência que temos ou tivemos, o que já vivemos estratifica em nós impressões sobre tudo e sobre nada. Daí quando vivemos algo novo, automaticamente comparamos com algo que já sabemos, sentimos, ouvimos, vimos, aprendemos e apreendemos. É meio que inevitável imprimir a nossa opinião sobre o que expressamos. É meio que impossível ser imparcial.

Por que escrevi tudo isso? Porque estou pensando sobre do divergência de opiniões. Eu soube de um "causo" que me causou a seguinte reação imediata: "coitada dessa moça". Esse foi meu primeiro pensamento. Depois de um tempo percebi que fui envolta pela história de tal maneira que me tornei "a favor" da moça. E qual é o problema? Nenhum, nós precisamos tomar partido, ter opiniões, concordar, discordar ou o que for. A questão que coloco aqui é outra: COMO escolher um posicionamento diante de qualquer coisa? Como decidir defender ou atacar uma ideia? Eu me dei conta que naquele momento tinha sabido apenas a versão da moça. E comecei a pensar sobre a parcialidade. E escrevi essa confusão aí que nem eu estou entendo muito bem.

Eu sei é que eu o somatório das impressões precariamente filtradas pelos meus órgãos dos sentidos nesses 30 anos e meio me torna partidária da seguinte filosofia: emoções positivas são melhores que emoções negativas, desejar o bem é melhor que desejar o mal, sentir-se bem é muito melhor que sentir-se mal.

É isso. Sejam felizes, amem a si mesmos, compartilhem o bem, tenham bons pensamentos, sintam bons sentimentos. Mas isso quem diz sou eu, repleta da minha inevitável parcialidade, sabendo apenas a minha verdade. Só posso desejar que vocês encontrem a parcialidade que os fará bem e melhores. :o)

Beijocas a todos!

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