domingo, 13 de maio de 2012

Volta ao trabalho - como foi?

Dia 30 de abril minha licença acabou. Devido ao feriado, retornei ao trabalho no dia seguinte, 02 de maio. Foi bom e estranho ao mesmo tempo.

Foi bom porque depois de passar a manhã inteira na "burocracia" do retorno de um empregado eu fui recepcionada pelos colegas de maneira muito gostosa: teve festinha com "bolo e guaraná", um buquê de rosas, duas orquídeas e dois cartões deliciosos - daqueles para guardar por toda a vida! Foram muitos abraços apertados e algumas lágrimas. São mais e mais motivos para agradecer.

Também foi estranho porque nesses 4 meses eu não estive de férias no Caribe, muito pelo contrário. Mas eu fiquei desacostumada ao ritmo de quem trabalha, estuda e faz atividade físicas: trabalhar, estudar e malhar cansa! Cansa tanto que nesta semana e meia eu peguei um resfriado ou uma gripe ou uma sinusite ou o que for. :o(

Independente disso tudo, o fato é que a vida vai passando e a tendência é que tudo volte ao normal, não é mesmo? Deve haver um nome bonito para isso, uma teoria contemporânea oposta a teoria do caos. Mas as marcas que o câncer deixa são, de certo modo, inesquecíveis. Como se esquecer dele se quando você se olha no espelho você se vê manchada? Ou quando tenta fazer as posturas de yoga (que sempre fez e são bastante simples!) e que agora se tornaram extremamente desafiadoras? Ou, ainda, quando você se sente curada mas mutilada, tolhida e reduzida em sua feminilidade?

Muitos me dizem que tem muito pouco tempo que o tratamento acabou que estou cobrando muito de mim. Não descarto esta hipótese. Para mim, tudo demora a se resolver, são muitas indefinições. Mas a vida segue.

Beijocas.